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"Humildade é a verdade", diz Santa Teresa de Lisieux. Que coisa bonita e verdadeira. Ser humilde não é vestir uma "capa" estranha, ou despojarmo-nos da nossa natureza. Pelo contrário, é regressar a essa mesma natureza. Porque a verdade é que a nossa natureza é ser pouca coisa: nada do que temos é nosso; nada do que somos é muito. A nossa realidade é precisar de pouca coisa. E na realidade não temos muito poder, nem nos bastamos a nós próprios: vivemos pelo amor de um Outro.
Por isso, ser-se humilde é apenas tomar consciência de tudo isto. É a verdade. Os outros todos é que estão enganados. Os outros todos é que estão a vestir uma "capa" estranha. Para se ser humilde não é preciso nenhum esforço. Se for preciso esforço para ser aquilo que realmente somos, é porque ainda não nos vemos como realmente somos.
Para se ser humilde só é preciso conseguir ver a verdade em relação a nós próprios.
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quinta-feira, 30 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
sábado, 11 de outubro de 2008
Consciência
O pecado é a falta de amor. Aquilo que permite que pequemos, para além da própria falta de amor, é a falta de consciência do pecado ("Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem").
A consciência do pecado vem pelo contacto com o critério que o define, ou seja, o contacto com o amor. De facto, existe uma realidade exterior a nós, que não é totalmente atingível por nós e pelos recursos mentais, físicos e espirituais de que dispomos para a apreender. Se víssemos essa realidade, veríamos claramente as consequências dos nossos actos: veríamos o mal que fazemos ou o bem que não fazemos, em manifestações muito concretas e reais das quais neste momento não temos consciência.
Por isso é que quando virmos Deus face a face, seremos "julgados". Não é Deus que nos julga ("Eu não vim para condenar o mundo, mas para o salvar"), mas ao entrar em contacto com o amor, que é o critério que define o pecado, e ao ver a realidade toda como ela é ("agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido"), veremos também todas as consequências dos nossos actos, e é nisso que consiste o julgamento: na nossa própria tomada de consciência. Seremos nós próprios que não suportaremos contemplar o mal que fizemos ou o bem que não fizemos. Uma tal tomada de consciência pode ser acutilante e arrasadora ("Aí, haverá choro e ranger de dentes").
Felizmente, "para Deus nada é impossível", e apesar dessa consciência arrasadora, "o lobo e o cordeiro pastarão juntos".
A consciência do pecado vem pelo contacto com o critério que o define, ou seja, o contacto com o amor. De facto, existe uma realidade exterior a nós, que não é totalmente atingível por nós e pelos recursos mentais, físicos e espirituais de que dispomos para a apreender. Se víssemos essa realidade, veríamos claramente as consequências dos nossos actos: veríamos o mal que fazemos ou o bem que não fazemos, em manifestações muito concretas e reais das quais neste momento não temos consciência.
Por isso é que quando virmos Deus face a face, seremos "julgados". Não é Deus que nos julga ("Eu não vim para condenar o mundo, mas para o salvar"), mas ao entrar em contacto com o amor, que é o critério que define o pecado, e ao ver a realidade toda como ela é ("agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido"), veremos também todas as consequências dos nossos actos, e é nisso que consiste o julgamento: na nossa própria tomada de consciência. Seremos nós próprios que não suportaremos contemplar o mal que fizemos ou o bem que não fizemos. Uma tal tomada de consciência pode ser acutilante e arrasadora ("Aí, haverá choro e ranger de dentes").
Felizmente, "para Deus nada é impossível", e apesar dessa consciência arrasadora, "o lobo e o cordeiro pastarão juntos".
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