O pecado é a falta de amor. Aquilo que permite que pequemos, para além da própria falta de amor, é a falta de consciência do pecado ("Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem").
A consciência do pecado vem pelo contacto com o critério que o define, ou seja, o contacto com o amor. De facto, existe uma realidade exterior a nós, que não é totalmente atingível por nós e pelos recursos mentais, físicos e espirituais de que dispomos para a apreender. Se víssemos essa realidade, veríamos claramente as consequências dos nossos actos: veríamos o mal que fazemos ou o bem que não fazemos, em manifestações muito concretas e reais das quais neste momento não temos consciência.
Por isso é que quando virmos Deus face a face, seremos "julgados". Não é Deus que nos julga ("Eu não vim para condenar o mundo, mas para o salvar"), mas ao entrar em contacto com o amor, que é o critério que define o pecado, e ao ver a realidade toda como ela é ("agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido"), veremos também todas as consequências dos nossos actos, e é nisso que consiste o julgamento: na nossa própria tomada de consciência. Seremos nós próprios que não suportaremos contemplar o mal que fizemos ou o bem que não fizemos. Uma tal tomada de consciência pode ser acutilante e arrasadora ("Aí, haverá choro e ranger de dentes").
Felizmente, "para Deus nada é impossível", e apesar dessa consciência arrasadora, "o lobo e o cordeiro pastarão juntos".
sábado, 11 de outubro de 2008
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