Definitivamente, estou farto de voluntariados patrocinados. Não se pode servir a Deus e ao vil dinheiro! Estas coisas são de modas, e agora está na moda as empresas patrocinarem acções de solidariedade. Mas a solidariedade não é a finalidade duma empresa, assim como a publicidade não é a finalidade dum gesto de solidariedade. Acho que está mal confundir essas coisas. Pode haver quem diga: "é melhor do que não fazerem nada", ou "ao menos estão a contribuir para que as coisas fiquem melhores"...
A minha experiência diz-me que só há um caminho no amor: a gratuidade total, o anonimato, a motivação pura. Tudo o que saír disso até poderá parecer bom passageiramente, mas mais cedo ou mais tarde a verdadeira face de tudo será manifesta de uma maneira ou de outra, nem que seja anos depois. Aquilo que não é de amor e por amor afasta do amor.
Gandhi dizia: "aquilo de que não preciso não me pertence". O dinheiro que vem de patrocínios de empresas do mercado económico, vem donde? Daquilo que eles não precisam, ou seja, deveria ser por direito de quem dele precisa. Isto é, os patrocínios dão a quem precisa aquilo que é seu por direito, fazendo de conta que lhes pertencia. Tiram dividendos publicitários com isso, e deturpam a própria noção de amor.
O Diabo é o príncipe da mentira! Abramos os olhos! Purifiquemos as nossas intenções, e não aceitemos misturar o trigo com o jôio: se não o conseguimos fazer em tudo, pelo menos não no que diz respeito à solidariedade social!
E quando passar a moda ou os dividendos publicitários não compensarem, que será dos que precisam?
terça-feira, 25 de novembro de 2008
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